... acredite, eu sei o que é sentir ódio de si mesmo. Minha vida foi assim por um bom tempo, me odiei por atitudes que tomei, e meus maiores arrependimentos foram por coisas que deixei de fazer.
Parece não existir paz, e o isolamento parece uma boa opção. Se esconder do mundo, viver trancado a sete chaves em uma realidade criada por si próprio e baseando-se no que os outros disseram.
Eles vão te julgar, te desanimar, te usar, te abandonar e te fazer tomar as atitudes mais insanas que você poderia tomar - E o pior de tudo, sem nenhum remorso.
E quem pode ajudar se ninguém percebe o que realmente se esconde atrás do teu sorriso? Quem pode te ouvir quando seu coração se enche de rancor e nenhuma palavra consegue expressar tal sentimento?
Apenas um silencio, a noite chega [...] parece convidativa para o começo de um fim, humano incompreendido que [...] procura respostas no sofrimento, pobre humano, mal sabe que uma dor não cura a outra.
Estranho, nada completa e nem preenche uma saudade, não é verdade? Só continua sendo falta por tempo indeterminado. E machuca por dentro, no peito, na alma. A saudade destrói até mesmo as nossas vontades, mas eu te digo, viver não é fácil, na verdade, viver é difícil pelo fato de sermos humanos com prazos de validade, somos humanos e nos apegamos de uma forma tão sincera a ponto de criar laços tão fortes sem saber que eles também podem acabar.
Seja forte, prove pra si mesmo que é melhor do que pensa, chore o quanto for necessário, derrube até a última lágrima antes que ela derrube você.
Calcule seus passos, seja detalhista. Se atirar de um prédio não é a melhor escolha, pois a maior queda é aquela que ocorre dentro do nosso ser, caímos de uma altura irretratável cada vez que pensamos em desistir. É um abismo infinito.
[...] Não deixe a obsessão pelo fim tomar conta de você, controle-se, respire, sorria, recomece, recomece e recomece, recomece um milhão de vezes se for necessário, mas nunca desista de tentar, tenha persistência na vida. É aceitando-se do jeito que é, que encontramos alguém que nos amará da forma que somos. Vão falar do seu corpo, das suas manias, e até mesmo do seu jeito - mas eles não te amam, e palavras só machucam se você aceitá-las, então por mais difícil que seja, releve, a melhor maneira de acabar com alguém que nos faz mal, é tratando de forma indiferente, veja qualquer ofensa como algo irrelevante.
Se ame, você é lindo do jeito que é, perfeito pra alguém que irá te encontrar do jeito que você sempre foi.
Alguns comprimidos podem acabar com a sua vida, mas você nunca saberá o que acontece depois, viva o suficiente pra entender que desistir não seria a melhor escolha.
~Sean Wilhelm
"[…] Quero estar totalmente familiarizado com o Mundo das Ideias. Quero entender as complexidades da economia e o que as pessoas veem no Bob Dylan. Quero ter ideais políticos radicais, porém humanitários e consistentes, e quero me envolver em debates calorosos, mas racionais, em volta de uma mesa de madeira de cozinha dizendo coisas como ‘Defina seus termos!’ e ‘Sua premissa é evidentemente enganosa!’ e, de repente, perceber que o sol está nascendo e que ficamos conversando a noite toda. Quero usar palavras como ‘epônimo’, ‘solipsismo’ e ‘utilitário’ com segurança. […] E quero ser fluente em muitos idiomas, talvez até em uma ou duas línguas mortas, estar sempre com um caderno com capa de couro em que vou esboçar observações e pensamentos incisivos, às vezes a estrofe de um verso. Mais do que tudo, quero ler livros. Livros grossos como tijolos (rs), livros de capas de couro de papel fininho e aquelas fitas roxas para marcar onde você parou; livros de coletâneas de versos baratos, empoeirados e de segunda mão, livros importados caríssimos com ensaios incompreensíveis de universidades estrangeiras."
