Está
na hora de acreditar que a vida é mesmo curta. E que os amigos são mesmo para
sempre. E que as gargalhadas precisam ser ouvidas – ô, vida! E
que as lágrimas precisam ser secadas a cada nova alegria. É tempo de ouvir um
verso do Cartola, interpretado pela Nina, arranjado pelo Chopin, com um solo
interminável do Page. Sim. É hora de ler aquele livro com a imaginação do Gabo,
a criatividade do Cortázar, a incompreensão do Borges e a genialidade sucinta do
Quintana: o melhor: ele teria escrito Cem Anos de Solidão em quatro versos: não
mais: não menos. É tempo de ver aquele filme com a dramaticidade latina do
Almodóvar, a psicologia nova-iorquina do Woody, e a fotografia poética de
qualquer filme japonês. Está na hora de acreditar que a vida é mesmo... Corta!
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